Para aumentar os lucros em um mercado cada vez mais competitivo, as empresas buscam medidas para conquistar e fidelizar clientes. Muitas estratégias estão sendo adotadas entre elas, a concessão de crédito, porém é uma pratica que oferece riscos e possibilidade de inadimplência.
No Brasil, em 2019, mais de 60 milhões de brasileiros se encontram condição de inadimplência. Essa mesma pesquisa, feita pelo Serasa, afirma que 40,3% dos adultos estão em débito com alguma empresa o que requer grande atenção por parte dos fornecedores de produtos e serviços.
Para que as empresas possam se preparar para imprevistos e tomar decisões mais assertivas. É essencial que o gestor tenha conhecimentos sobre a gestão de risco de crédito. Mas afinal, você sabe o que é isso?
Pensando nisso, fizemos esse artigo para explicar o que é risco de crédito, como funciona e o por que se tornou tão necessária para as empresas. Confira!
O que significa gestão de risco de crédito?
A análise de crédito é, basicamente, a avaliação da probabilidade de um cliente faltar com os pagamentos de qualquer tipo de dívida. A inadimplência se faz presente em praticamente todas as modalidades de transações financeiras.
A gestão de risco de crédito é o conjunto de práticas voltadas não só à redução dos riscos, mas a toda estruturação da empresa para lidar com seus eventuais danos. Seus principais desafios são prever o descumprimento de contratos, as consequências disso para os departamentos envolvidos e as ações tomadas para mitigar os danos causados.
Saiba mais sobre Análise de Risco
Por que a gestão de risco de crédito se tornou necessária?
Depois da crise mundial financeira de 2008, ficou evidente a necessidade de rever os conceitos sobre a concessão de crédito. Os órgãos reguladores começaram a exigir padrões mais rígidos de aprovação de crédito e mais transparência. Tudo isso num esforço de garantir que os bancos tenham conhecimento aprofundado sobre os clientes e seu risco de crédito associado.
Em 2010 o acordo de Basileia foi atualizado, que ficou conhecido como Basileia III. Esse acordo consiste em um conjunto de propostas para a reforma das regulamentações bancárias.
Com base nesse documento, a carga regulatória ficou mais rigorosa para os bancos. Por consequência, isso afetou também todas as empresas que realizam operações de concessão de crédito, sejam da indústria ou do comércio.
Para se adequar a essa nova realidade e absorver os maiores custos de capital para a concessão de crédito, as empresas precisaram reformular suas abordagens sobre os riscos. Assim surgiu a necessidade de criarem a estratégia para a gestão de risco de crédito.
Com a gestão de risco de crédito, as empresas tem algumas vantagens, como a redução de imprevistos. Isso porque ela passa a analisar melhor sua concessão de créditos, tendo um filtro que ofereça maior exatidão de possíveis inadimplências. Assim, você consegue evitar que esse perfil de clientes faça parte da sua carteira de pagamentos a prazo.
Dessa forma, é possível evitar algumas falhas em seu planejamento financeiro evitando prejuízos. Afinal, você terá cada vez menos inadimplentes em suas vendas, conseguindo cumprir com o que foi planejado, ainda que com uma margem de erro para possíveis descumprimento com os pagamentos.
Como aplicar a gestão de risco de crédito?
Depois de entender o que é, como funciona e o porquê é tão necessário ter uma estratégia de gestão de risco de crédito, saiba mais como colocá-la em prática.
Para entender quais os riscos oferecidos ao conceder crédito, é fundamental avaliar o cenário e reconhecer os impactos que podem ser causados à sua empresa.
Conheça os 5 C’s do crédito
Caráter
É necessário analisar o histórico financeiro do cliente e sua reputação, se houve negligencias em transações efetuadas anteriormente pela pessoa;
Capacidade
Observada a capacidade do cliente de honrar com sua dívida;
Capital
Abrange todo o patrimônio que pertence ao cliente;
Colateral
Está relacionado às garantias, como imóveis, veículos e etc;
Condições
Avalia se o cliente está em um momento de ascensão ou declínio.
Podemos dizer que o ponto de partida para uma tomada de decisão mais segura, é considerar cada uma dessas variáveis no processo de concessão de crédito.
Tenha regras de crédito
A empresa precisa definir sua politica de concessão de crédito, é primordial que esteja em constante atualização para se adequar as possíveis mudanças de mercado. Ao analisar um possível cliente levar em consideração os 5 C’s de crédito e definir limites e ser mais criterioso com determinadas liberações.
Aproveitar as tecnologias
A tecnologia tem dominado o mercado em todos os âmbitos e não poderia ficar de fora nesse caso. Ter a inteligência artificial como sua aliada de suma importância.
A utilização de softwares aprofunda os processos de análise de dados e informações, permitindo às empresas lidar com diferentes fontes de análise, como por exemplo:
- Histórico de transações financeiras;
- Bancos de dados públicos e privados;
- Consultas cadastrais em órgãos públicos, como Receita Federal;
- Entre outras medidas que não seriam possíveis sem a tecnologia.
A partir dessas informações, os setores de TI, de vendas, financeiro e etc. Podem trabalhar com um embasamento mais sólido sobre as condições do cliente. Isso garante uma concessão de crédito mais segura.
Como você pode perceber a gestão de risco de crédito é um processo indispensável. Garantir a regularidade financeira da empresa, assegura sua estabilidade e permite o fechamento de bons negócios, com clientes bem qualificados.
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